Desde pequeno, Matheus sempre teve um olhar atento para histórias, mesmo sem perceber. Aos 9 anos, sua paixão por futebol o levou a registrar resumos dos jogos do seu time no rascunho do celular – uma forma de garantir que, no futuro, ele nunca esqueceria os detalhes de cada partida. Era um contador de histórias em formação, ainda que não soubesse disso.
Mais tarde, após passar por diversas experiências profissionais, ele descobriu que sua paixão pelo jornalismo era mais forte do que imaginava. Tornou-se jornalista esportivo, onde pôde aliar sua habilidade de narrar histórias com sua paixão pelo esporte. Mas o desejo de contar histórias não se limitava às palavras.
A fotografia entrou em sua vida por influência de seu pai, que sempre registrava momentos ao lado de Matheus. Após perder o pai, ele se viu imerso em caixas de fotos que guardavam memórias – algumas vivas em sua mente, outras que ele nem sabia que existiam. Essas imagens o conectaram ainda mais com a força da narrativa visual.
Já trabalhando como jornalista, decidiu comprar sua primeira câmera, inicialmente para registrar viagens ao lado de sua esposa. Esse passo o levou a explorar novos caminhos: fotografou casamentos ao lado de um amigo experiente no mercado, mas logo percebeu que sua verdadeira vocação estava em outro lugar.
Foi nas ruas que Matheus encontrou sua essência. Inspirado por conteúdos de fotografia de rua, ele começou a explorar Belo Horizonte, até conhecer o coletivo Errante. Participando de encontros abertos, fez amizades com pessoas que compartilhavam da mesma paixão e, em pouco tempo, tornou-se membro do coletivo, que tem como missão retratar as ruas e os personagens que dão vida à cidade.
A dedicação de Matheus logo começou a chamar atenção. Sua série de fotografias em Buenos Aires, capturando a devoção do povo argentino por Maradona, repercutiu em mídias internacionais ligadas ao futebol. Foi um momento que reforçou ainda mais sua vontade de retratar histórias visuais.
Em 2025, seu trabalho ganhou novo reconhecimento: Braga foi citado pelo jornal SouBH como um dos cinco fotógrafos que se destacam na arte de capturar o centro de Belo Horizonte. Hoje, sua trajetória continua, unindo jornalismo e fotografia de rua, com o mesmo entusiasmo que começou, ainda criança, contar histórias com escrita.
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