
Entre embarques e desembarques, a cidade pulsa no olhar de quem espera, sonha e segue viagem. Dentro do ônibus, histórias se cruzam em silêncio, olhares se perdem na paisagem e o tempo se dobra entre o trânsito e a pressa. Aqui, a poesia anda de busão, às vezes lotado, às vezes vazio, mas sempre cheio de vida.
Os rostos cansados das primeiras horas da manhã, a pressa de quem quase perdeu o ponto, o riso solto entre desconhecidos que se tornam cúmplices por um instante. Cada parada é um novo capítulo, cada linha um caminho traçado entre o destino e o acaso.
E no meio disso tudo o guardião das rotas, mestre da paciência, testemunha dos humores da cidade. Aquele que não conduz apenas o veículo, mas também as histórias que seguem viagem, em um deslocamento infinito que faz de Belo Horizonte um retrato em movimento.










